segunda-feira, 7 de maio de 2012

Relatório de Viagem


Relatório Da Aula Pública De História De Sergipe:
O Sertão Tem Histórias‏
 
Nos dias 14 e 15 de abril, nós estudantes do curso de História da UFS e interessados, tivemos uma fascinante experiência regada de muito conhecimento, que, como uma das atividades prática da disciplina Temas de Sergipe II lecionada pelo professor Dr Antonio Lindvaldo Sousa, o mesmo conduziu o I Ciclo De Estudos De Aulas Públicas De História De Sergipe: O Sertão Tem Histórias, onde pudemos aprender sobre parte do sertão sergipano especificamente nas cidades de Gararu e Porto da Folha.
Partimos de Aracaju no primeiro dia de viagem as 6:30 com destino a cidade de Gararu onde chegamos ás 11h:15min e conforme programação foi iniciado a abertura do evento com uma visita a Igreja Nossa Senhora Dos Aflitos.       
Segundo o professor Lindvaldo em suas explicações esta igreja pertencente ao Vaticano I nela predomina o catolicismo penitencial, que prega que para se ter um pedacinho do céu o pobre tem que sofrer, pois a dor e o sofrimento é uma forma de redenção. O interior da igreja exalta a morte de Cristo através de imagens que retratam este momento.
                       
                       
Em seguida fomos visitar os currais de pedra do Sr Pedro, onde as cercas de pedras empilhadas uma em cima da outra sem auxílio de cimento nem areia é a mais conservada da região.
                                
Os currais de pedras existem desde o século XVI e eram utilizados para cercarem as lagoas que transbordavam de janeiro a março prejudicando a plantação de arroz. Estas lagoas deixaram de existir depois da criação da hidrelétrica de xingó e há uma grande dificuldade na renovação destas cercas pois, não se encontra mais mão de obra qualificada para este seviço.
Paramos para almoçar e só retomamos as 17:00 hrs visitando a igreja matriz Nossa Senhora da Conceição situada no município de Porto da Folha .
                    
Esta segue o catolicismo do Vaticano II que usa a teologia da libertação. No altar existe um painel pintado pelo frei Juvenal Vieira Bonfim em 1970 que representa o cotidiano dos pobres e sem ostentar riquezas o Cristo ressuscitado, diferentemente da igreja de Gararu .
Logo mais a noite as atividades seguiram com a visita a Ilha do Ouro no espaço Antonio Carlos do Aracaju. Foram realizadas palestras, manifestações culturais encerrando com um luau onde por motivo de doença não pude estar presente.
No dia seguinte por volta da 15:40 chegamos a aldeia dos Xokó situada na Ilha de São Pedro, almoçamos, e na igreja da comunidade que tem o mesmo nome da ilha o ex- cacique Apolônio falou da história de luta  do seu povo, da importância da UFS nos movimentos de reivindicações indígenas e que através de professores desta instituição foi criada a comissão pro-índio em Sergipe. Falou também do grande auxilio no levantamento de documentação feita pela professora Beatriz Góis Dantas que fez com que a Ilha De São Pedro passasse a ser território indígena.
            

Esta aula pública foi encerrada com um ritual sagrado a dança do boré.
            

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