Relatório Da Aula Pública De
História De Sergipe:
O Sertão Tem Histórias
Nos
dias 14 e 15 de abril, nós estudantes do curso de História da UFS e
interessados, tivemos uma fascinante experiência regada de muito conhecimento, que,
como uma das atividades prática da disciplina Temas de Sergipe II lecionada pelo professor Dr Antonio Lindvaldo
Sousa, o mesmo conduziu o I Ciclo De Estudos De Aulas Públicas
De História De Sergipe: O Sertão Tem
Histórias, onde pudemos aprender sobre parte do sertão sergipano
especificamente nas cidades de Gararu e Porto da Folha.
Partimos
de Aracaju no primeiro dia de viagem as 6:30 com destino a cidade de Gararu onde
chegamos
ás 11h:15min e conforme programação foi iniciado a abertura do evento com uma
visita a Igreja Nossa Senhora Dos
Aflitos.
Segundo
o professor Lindvaldo em suas explicações esta igreja pertencente ao Vaticano I
nela predomina o catolicismo penitencial, que prega que para se ter um
pedacinho do céu o pobre tem que sofrer, pois a dor e o sofrimento é uma forma
de redenção. O interior da igreja exalta a morte de Cristo através de imagens
que retratam este momento.
Em
seguida fomos visitar os currais de pedra do Sr Pedro, onde as cercas de pedras
empilhadas uma em cima da outra sem auxílio de cimento nem areia é a mais
conservada da região.
Os
currais de pedras existem desde o século XVI e eram utilizados para cercarem as
lagoas que transbordavam de janeiro a março prejudicando a plantação de arroz.
Estas lagoas deixaram de existir depois da criação da hidrelétrica de xingó e
há uma grande dificuldade na renovação destas cercas pois, não se encontra mais
mão de obra qualificada para este seviço.
Paramos
para almoçar e só retomamos as 17:00 hrs visitando a igreja matriz Nossa Senhora da Conceição situada no
município de Porto da Folha .
Esta
segue o catolicismo do Vaticano II que usa a teologia da libertação. No altar
existe um painel pintado pelo frei Juvenal Vieira Bonfim em 1970 que representa
o cotidiano dos pobres e sem ostentar riquezas o Cristo ressuscitado,
diferentemente da igreja de Gararu .
Logo
mais a noite as atividades seguiram com a visita a Ilha do Ouro no espaço
Antonio Carlos do Aracaju. Foram realizadas palestras, manifestações culturais
encerrando com um luau onde por motivo de doença não pude estar presente.
No
dia seguinte por volta da 15:40 chegamos a aldeia dos Xokó situada na Ilha de
São Pedro, almoçamos, e na igreja da comunidade que tem o mesmo nome da ilha o
ex- cacique Apolônio falou da história de luta
do seu povo, da importância da UFS nos movimentos de reivindicações
indígenas e que através de professores desta instituição foi criada a comissão
pro-índio em Sergipe. Falou também do grande auxilio no levantamento de
documentação feita pela professora Beatriz Góis Dantas que fez com que a Ilha
De São Pedro passasse a ser território indígena.
Esta
aula pública foi encerrada com um ritual sagrado a dança do boré.
Nenhum comentário:
Postar um comentário